Evite Fracassos na Adoção

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Quero adotar

Você que quer adotar e está com inúmeras dúvidas, ansiedade e medos, o atendimento psicológico especializado pode te ajudar a diminuir expectativas, ansiedades e compreender as particularidades desse vinculo tão especial. Além disso, a psicoterapia, neste momento de espera, pode te ajudar a se preparar para receber o filho tão desejado e diminuir os conflitos pós adoção.

  • A espera no processo de adoção está te deixando angustiado.

    O processo de adoção pode levar de meses à anos, dependendo da comarca que você está inscrito, perfil desejado e localização. Para diminuir a ansiedade é importante pensar nesse tempo como uma preparação simbólica para a chegada da criança e para as mudanças que estão por vir na família como um todo. Ler e assistir filmes sobre o assunto, participar de grupos de apoio e trocar experiências podem ajudar na angústia da espera. Pensar sobre essa criança e como será o dia a dia dessa nova família também ajuda a passar por esse processo.

  • Seu parceiro não quer adotar tanto quanto você.

    Adotar é uma atitude linda, mas muito séria também, que carrega responsabilidades para a vida toda. Adotar uma criança assim como ter um filho biológico, é uma decisão sem volta e por isso precisa ser tomada com calma e muito zelo.  Quando a adoção acontece em casal, é extremamente importante que as partes estejam de acordo com essa decisão, visto que a criança precisa se sentir pertencente à família; quando o casal não está em harmonia nesse momento, inúmeros conflitos tendem a surgir como vínculos enfraquecidos, brigas entre o casal, falta de autoridade da criança para um dos pais, entre outros, prejudicando a vida da criança e frustrando a família.

  • Você tem medo da criança não se adaptar.

    O medo da não adaptação é comum entre os pais adotivos e até certo ponto “normal”. Está vindo para sua casa alguém que não nasceu de você, que muitas vezes tem uma história, e lembra da família de origem. A adaptação acontece aos poucos, conforme a criança vai convivendo com os pais e a família extensa, com as regras e limites impostos, acolhimento e afeto. Uma criança para se adaptar precisa sentir que seus novos pais estão dispostos a ficar com ela, independente do que aconteça. Quando sentir que nunca mais será abandonada, tende a se vincular e não mais querer ir embora.

  • É difícil lidar com o preconceito dos amigos e familiares.

    Ainda em tempos atuais, o preconceito está presente em muitos casos de adoção. Seja na escola, na família, ou com os amigos, piadas e temores são comuns. Para superar todos esses preconceitos é preciso estar muito bem resolvido com a decisão de adotar uma criança, e muito bem preparado psicologicamente. Quando a adoção é encarada como algo natural, nada pode abalar os vínculos, podendo os pais passarem essa segurança para o filho.

Já adotei

Você que já adotou pode estar vivenciando inúmeros desafios e mudanças na família e em sua vida. Receber um filho adotivo e construir o vínculo diário pode não ser tão fácil como esperado e durante os primeiros meses podem acontecer conflitos, testes e muitas birras. O atendimento psicológico para a criança e para você adotante é essencial para evitar maiores problemas, e melhorar a construção desse laço afetivo.

  • Seu filho faz muitas birras e isso tem gerado conflitos.

    É comum, principalmente em adoções tardias, acontecerem birras e testes durante os primeiros meses. Não querer comer, não querer seguir regras, responder mal aos pais e dizer que vai embora pode ser algumas ações que seu filho pode fazer para testar o seu amor . Para superar essa fase é preciso ser firme nas regras e ao mesmo tempo acolher a criança, reafirmando a todo momento o seu lugar na família, o amor, e que ela não será devolvida para o abrigo não importa o que aconteça.

  • Você está com medo de contar para seu filho que ele é adotado.

    Quando a adoção acontece nos primeiros meses de vida, é comum surgirem dúvidas sobre o contar ou não para a criança sobre sua adoção. Medo de rejeição e receio da revolta podem ser uns dos sentimentos que você está vivenciando ou já vivenciou. Para aliviar esse sentimento, é preciso encarar a adoção como algo natural e bom, já que tudo que é bom não temos medo de contar. Quanto mais receio e medo você tiver desse momento, mais tenso e com receio seu filho(a) ficará. O momento certo? Quando seu filho(a) começar a perguntar sobre suas origens, de onde veio, querer ver fotos de bebê, etc. Somente a verdade e a conversa podem fazer com que esse momento seja tranquilo para ambas as partes.

  • Você se preocupa que seu filho queira voltar para a família biológica.

    Seja a adoção tardia ou não, o medo de que seu filho volte para a família de origem pode estar te acompanhando. Pesquisas mostram que a minoria das crianças que são adotadas querem conhecer de onde vieram, contudo, ao completar 18 anos, seu filho(a) tem o direito de saber sobre sua história, suas origens e, se preciso, se preparar psicologicamente para isso. A literatura e os casos de adoção evidenciam que quanto mais amor, harmonia e sentimento de pertencimento na família, menos se quer conhecer ou conviver com família anterior.

  • As características biológicas da criança te deixam ansioso.

    Nem sempre as informações passadas no fórum são completas. Dados sobre doenças na família, históricos de abuso, drogas entre outros as vezes são relatados, outras vezes não. No imaginário social, tais características podem ser passadas pelo sangue, porém, a ciência explica que a maioria dos casos de drogadição, alcoolismo são resultados do meio em que se vive, aprendizado e recursos para se enfrentar situações muito adversas. Toda criança e adolescente corre o risco de se envolver com drogas ilícitas, independente de sua origem. O importante é refletir sobre o ambiente em que vive essa criança e as influências que a mesma tem ou terá durante o seu desenvolvimento.

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Tatiany Schiavinato

  • Graduada em Psicologia pela Universidade Cruzeiro do Sul.
  • Especializanda no Instituto Sedes Sapientiae no curso Família e casal na atualidade.
  • É psicóloga clínica, e psicóloga do Instituto Adoptare, em São Paulo.
  • Trabalha com adoção desde 2012, com atendimentos clínicos, pesquisa e grupos de adoção.
  • Além dos atendimentos presenciais, promove orientação psicológica online e é colunista do site Gravidez Invisível.

Psicóloga Clínica
CRP: 06/131048

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